Jordani Mental Care reforça necessidade de cuidados permanentes com a saúde no mês de valorização a vida
O sentimento de que você pode ter alguém para conversar é a mensagem que a clínica Jordani Mental Care transmite neste Setembro Amarelo. O mês é de concientização sobre a prevenção ao suicídio e valorização a vida, principalmente na divulgação de hábitos que promovem a saúde mental. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), atentados contra si é uma das principais causas de morte entre jovens de 15 a 29 anos, em todo o mundo.
A médica psiquiatra e fundadora da Jordani Mental Care, Dra. Verônica Jordani, explica que 100% dos casos de suicídios estão ligados a problemas relacionados à saúde mental, desencadeados pela junção de fatores complexos, como transtornos mentais, doenças físicas, abuso de substâncias e conflitos familiares e interpessoais.
“O suicídio é multifatorial, não existe uma causa pré-definida. A bipolaridade e a depressão são as doenças mais preval_entes, mas muitas das motivações são individuais. O sexo masculino representa cerca 80% dos casos no Brasil, por exemplo. Temos notado um pequeno crescimento de homens que se interessam em cuidar da saúde mental, mas ainda são a minoria quando se trata em pedir ajuda”, salienta a especialista, que também já foi coordenadora do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), em Caxias do Sul.
Na prevenção e promoção da saúde mental, a médica psiquiatra reforça que para ajudar uma pessoa é necessário estar atento às mudanças de comportamento, tanto nas redes sociais, como em ambientes de socialização, como, por exemplo, em casa, no trabalho e na escola. Dra. Verônica enfantiza que nem sempre nos damos conta, mas as pessoas sempre dão indícios de que algo não está bem.
“Uma das primeiras características evidentes é o isolamento, quando o indivíduo começa a abdicar de coisas que fazia rotineiramente, perdendo o prazer de forma abrupta. Um conselho é ficar atento às expressões que a pessoa usa para se comunicar, principalmente em postagens em redes sociais e em frases com autoafirmações de descontentamento, como ‘estou cansado’ e ‘não aguento mais’. Se notar essas mudanças, fale com a pessoa e ofereça ajuda. Tudo é válido quando o assunto é salvar uma vida”, reforça a médica psquiatra.
Saúde mental e redes sociais
Cada vez mais, as redes sociais estão presentes no dia-a-dia das pessoas, seja no trabalho, em casa ou nos ambientes acadêmicos. No entanto, com o aumento do tempo gasto em frente às telas, surgem preocupações sobre o impacto desse hábito na saúde mental, especialmente entre jovens e crianças.
De acordo com o Eletronic Hub, o tempo gasto nas redes sociais cresceu 56,6% no Brasil. Em outra pesquisa, o relatório Global Digital 2024 mostra que o país está entre as nações mais conectadas do mundo, com média de 9h diárias utilizadas no meio digital.
A médica psiquiatra Dra. Sabrina Boeno, da Jordani Mental Care, explica que passar muitas horas em frente às telas pode levar ao isolamento social, à diminuição da qualidade do sono e ao aumento dos níveis de ansiedade e depressão.
"É importante que a sociedade entenda que a tecnologia deve ser uma ferramenta para melhorar a qualidade de vida, e não uma fonte de estresse ou dependência. Temos observado, principalmente nos adolescentes e jovens adultos, complexos de inferioridade e autocobrança em excesso. As redes sociais muitas vezes apresentam uma visão de mundo desconexa da realidade vivida, com padrões inalcançáveis. É preciso fazer uma reflexão mais profunda para entender que faz parte do ser humano ter dias bons e ruins. Não é possível ser feliz o tempo todo, como presenciamos muitas vezes na internet”, frisa.
Central de Cuidado ao Paciente
Uma das principais iniciativas da Jordani Mental Care é a sua Central de Cuidado ao Paciente, um canal de comunicação direta entre o paciente e a equipe técnica da clínica. Dirigida por uma médica especialista em psiquiatria, o serviço oferece suporte em horário comercial, que em breve será 24 horas por dia para pacientes em tratamento e para aqueles que apresentam quadros de instabilidade emocional.
A Central de Cuidado não só acolhe demandas de urgência, mas também realiza uma triagem inicial, sendo a porta de entrada para um acompanhamento adequado, com toda a equipe multidisciplinar do complexo de saúde mental Jordani.
“Acreditamos que a prevenção ao suicídio deve ser uma ação contínua e nossa Central de Cuidado ao Paciente é um exemplo de como podemos oferecer suporte especializado e imediato para aqueles que mais precisam”, destaca a psquiatra Dra. Sabrina Boeno.
Procure ajuda
O Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece atendimento gratuito e confidencial a pessoas que estão passando por momentos difíceis ou enfrentando pensamentos suicidas. Por meio do telefone 188, disponível 24 horas por dia, é oferecido um espaço seguro para quem precisa conversar.
FOTOS
Legenda: Médica psiquiatra Dra. Verônica Jordani explica que estar atento aos sinais pode salvar vidas.
Crédito: Guilherme Jordani, divulgação