#MComDáVoz: Crise hídrica e taxação de energia solar a partir de 2023 podem ampliar em até 100% instalações de empresa da Serra
Os constantes aumentos nas contas de luz e a iminente aprovação de projeto de lei que tramita no Congresso Nacional deverão gerar um boom nas instalações de energia fotovoltaica em 2022. A falta de chuvas, que provoca a vigência da bandeira vermelha patamar dois - com possibilidade da classificação da bandeira escassez hídrica - é sentida no bolso dos consumidores, com um incremento nas tarifas que pode chegar a 21% no ano que vem, segundo cálculo da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Para amenizar o prejuízo e se antecipar aos efeitos do PL 5829, está acontecendo uma verdadeira corrida contra o tempo para instalação de energia fotovoltaica. Somente a empresa Solar Serra, com matriz em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, registrou um aumento de 30% no número de obras neste ano em relação a 2020 e projeta um crescimento ainda maior em 2022.
Segundo o proprietário da Solar Serra, o engenheiro eletricista Mário Henrique Bordignon, o fato de 2022 ser o último ano sem taxação da energia solar deverá causar um aumento de 100% nas instalações da empresa, especialmente em residências e pequenos empreendimentos.
“São os pequenos que mais sentirão o impacto da aprovação desta lei. Caso seja sancionado da forma que está, deverá ter uma taxação de 15% a partir de 2023, podendo chegar a 90% em 2028, o que nós consideramos um absurdo e que poderá inviabilizar muitos negócios. Desde 2018 acompanhamos de perto a tramitação desta lei. Unidos, eu e outros empresários, fomos várias vezes a Brasília para demonstrar com números que os maiores prejudicados serão os consumidores de residências, ou pequenos empreendimentos, como mercadinhos e padarias”, exemplifica Bordignon.
Ainda de acordo com o empresário e engenheiro eletricista, a medida pode resultar numa redução de até 50% na procura por projetos e instalação de energia solar após 2023. Bordignon acrescenta que a falta de chuvas tem ocasionado a necessidade de utilização das usinas termoelétricas movidas à óleo dieses e carvão, o que acaba resultando em aumento no preço dos combustíveis e reforçando ainda mais as vantagens da energia solar para o consumidor.
“É um investimento que tem retorno garantido, que costuma se pagar, em média, entre 3 e 5 anos, já que a economia na conta de luz pode chegar a 95%. Os bancos também costumam facilitar bastante o acesso a financiamentos com linhas específicas”, diz.
Somente em 2021 a Solar Serra precisou ampliar em mais de 30% o quadro de funcionários para dar conta do aumento do número de instalações e deverá contratar mais cerca de 20 funcionários caso se confirme a tendência do mercado em 2022.
“Estamos projetando uma ampliação significativa em obras com até 300 placas. Como trabalhamos com estoque próprio, vamos qualificar mais funcionários e adquirir maquinário suficiente para esse aumento de demanda”, garante.
SOBRE A SOLAR SERRA
A Solar Serra completou seis anos em outubro com número de gente grande. A empresa, que tem sede em Bento Gonçalves, Centro de Distribuição em Veranópolis, e escritórios em Concórdia (SC) e Curitiba (PR), já instalou mais de 30 mil placas e entregou mais de 400 obras em residências, indústrias e propriedades rurais, em 200 cidades em seis estados brasileiros.
Além da atuação no Sul do país, a Solar Serra tem clientes em Minas Gerais, Mato Grosso e Tocantins. Para os próximos dois anos, o objetivo é dobrar o faturamento, com foco voltado para grandes obras e instalações de usinas de energia solar.
A Solar Serra trabalha exclusivamente com produtos WEG, possui frota e equipes de instalação próprias, o que garante maior segurança aos clientes. A empresa também possui uma equipe especializada no acompanhamento e monitoramento de resultados (o quanto de energia é gerada e quanto está sendo economizado na conta de luz) e assistência técnica em caso de qualquer problema com os sistemas.
FOTOS
Legenda: O engenheiro eletricista Mário Henrique Bordignon credita aumento de instalações à bandeira vermelha e mudanças na legislação a partir de 2023
Créditos: Gean Ghellere